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3 dicas para lançar menos microplásticos no meio ambiente

Os microplásticos estão por toda a parte — inclusive dentro do corpo humano.

24/04/2022 09h00


3 dicas para lançar menos microplásticos no meio ambiente

Para começar, investigue seu banheiro e reveja seus hábitos de lavagem de roupas

Os microplásticos estão por toda a parte —inclusive dentro do corpo humano. Tanto que a cada ano ingerimos de 74 mil a 121 mil partículas de microplásticos, segundo uma estimativa feita pelo Departamento de Biologia da Universidade de VIctoria (Canadá).

Se você olhar à sua volta, vai notar a quantidade de coisas que são feitas com esse material, desde aquela roupa de malhar até o esfoliante que está no banheiro. 

Quer fazer a sua parte para reduzir a poluição por microplásticos? Aqui vão três dicas:

Consuma menos plástico

Para reduzir esse tipo de poluição plástica, o primeiro passo é adotar o consumo consciente e aplicar a regra dos 5 “R”: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Fica a dica: no iFood você pode dispensar o envio de itens plásticos nos pedidos de delivery e colaborar com o compromisso #DeLivreDePlástico.

Se não for possível evitar o plástico, pense em como você pode reduzir seu uso ou reutilizar aquele objeto em vez de jogar no lixo. Sempre que possível, encaminhe esse tipo de material para a reciclagem. 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em 2020 a indústria gerou 7,1 milhões de toneladas de produtos físicos de plástico e reciclou 838,5 mil toneladas de plástico pós-consumo.

“Em um cenário ideal, deveríamos reciclar praticamente tudo”, diz Bruno Yamanaka, especialista de conteúdo do Instituto Akatu, organização não-governamental focada em consumo consciente. “Mas sabemos que alguns locais carecem de uma reciclagem eficiente, e por isso muitos materiais não conseguem ser reciclados ou são descartados de forma incorreta”, diz.

Leia o rótulo dos cosméticos

Alguns cosméticos e produtos de higiene pessoal contêm microplásticos não só na embalagem mas também na sua composição. Esfoliantes, desodorantes, xampus, batons, cremes de barbear, repelente, hidratantes, glitter e outros produtos podem conter pequenas partículas de plástico que são capazes de passar pelo sistema de filtragem de águas residuais e terminar nos rios, lagos e mares, explica o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNPE)

Para evitar que o seu banheiro contribua para a poluição dos mares, confira a lista de ingredientes dos produtos. Se aparecerem itens como polietileno (PE), polimetilmetacrilato (PMMA), nylon, polietileno tereftalato (PET) e polipropileno (PP), isso significa que há microplásticos na composição.

Outra possibilidade é baixar o aplicativo Beat The Microbead e escanear a lista de ingredientes do produto para verificar se o produto contém plásticos que irão do seu ralo direto para o oceano.

Em 2018, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos assinou um compromisso voluntário para eliminar o uso do material em seus produtos enxaguáveis, substituindo-os por ingredientes biodegradáveis até 2021. Segundo a instituição, as empresas do setor fizeram os ajustes na produção dentro do tempo estipulado.

Lave menos as roupas sintéticas

Se possível, tire do armário e pare de usar as roupas feitas de tecidos sintéticos, como poliéster, acrílico e nylon, orienta o site Mar Sem Fim. Melhor trocar por roupas feitas de tecidos naturais, como algodão e linho, que irão se decompor no ambiente.

Se não der para evitar, tenha cuidado ao lavar a roupa. Isso porque os microplásticos dos tecidos sintéticos podem sair junto à água descartada, ir para o esgoto e acabar ganhando os rios e oceanos.

O ideal é lavar as roupas de tecido sintético com menos frequência (para reduzir a liberação de microplásticos), usando sempre a capacidade máxima da máquina para reduzir a fricção entre as peças, em ciclo curto e água fria, aponta a Vogue.

Outra solução é usar um filtro de microplásticos na máquina de lavar roupas, como o GuppyFriend ou a Cora Ball,mas eles ainda não são vendidos no Brasil. A boa notícia é que estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) venceram uma competição de inovação apresentando um sistema de filtragem do material para ser instalado em residências.